Neste blogue fazemos uma descrição fotográfica de elementos da Fauna da Serra da Boa Viagem, do Cabo Mondego, das Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas e da Foz do Rio Mondego. Também queremos documentar quais as espécies que se encontram acidentalmente mortas devido a actividades ou intervenção humana. Visitem uma das regiões mais importantes da Biodiversidade e Geologia de Portugal!

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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Baleias-anã (Balaenoptera acutorostrata) na Praia da Costinha


Baleias-anã (Balaenoptera ?acutorostrata) encontradas mortas na Praia da Costinha

Foram encontradas no mês de Agosto de 2011 dois cadáveres de baleias-anã (Baleanoptera ?acutorostrata ou Baleanoptera ?bonaerensis) na Praia da Costinha entre a Praia de Quiaios (Município da Figueira da Foz) e a Praia da Tocha (Município de Cantanhede). Em princípio os cadáveres pertencem à espécie Balaenoptera acutirostris, a baleia-anã do Hemisfério Norte, mas migração de Balaenoptera bonaeensis, da baleia-anã do Hemisfério Sul, para o Árctico e hibridização ocasional entre as duas espécies de baleias-anã está confirmado.
    Quem encontrou os cadáveres das baleias na praia foi o Sr. Adelino Domingues de Quiaios e a sua família. A filha, Fatima Domingues, teve a gentileza de deixar as fotos das baleias ao cuidado da Associação Trilhos de Esplendor. Agradecemos então em nome da Associação Trilhos de Esplendor à família Domingues e publicamos aqui as fotos como documentação deste achado valioso das baleias - que provavelmente foram mortas (afogadas) em redes de arrasto. Segundo o CRAMQ (Doutor Sé Vingada) as baleias tinham sinais de cabos de rede, mas inquéritos pela CRAMQ apenas deram por resultado que provavelmente não foram pescadores portugueses que apanharam as baleias, uma vez que o tipo de pesca por arrasto é proibido em águas nacionais portuguesas.






A seguinte informação sobre a baleia-anã (Balaenoptera bonaerensis) foi tirada da Wikipédia:

A baleia-minke-antártica (Balaenoptera bonaerensis) é um mamífero cetáceo da família dos balenopterídeos.

Também conhecidas por baleia-anã, ou como finbeque na região dos Açores, a baleia-minke-antártica é uma das menores espécies de baleias do mundo.


Índice

Classificação

Existem dois tipos de baleias-minke no Hemisfério Sul que diferem de acordo com a cor padrão, caracteres morfométricos e coloração das barbatanas: a forma anã de menor tamanho, com mancha branca e a forma usual de maior tamanho e sem a mancha branca.

Distribuição geográfica

São encontradas em águas tropicais, temperadas e frias de todos os oceanos, tanto em áreas costeiras como em oceânicas. Ocasionalmente, pode penetrar em baías e estuários em águas de pouca profundidade. No verão, alimenta-se próximo dos pólos, no inverno migra para regiões mais quentes para se reproduzir e criar seus filhotes. Em algumas regiões, são conhecidas populações residentes durante todo o ano, que realizam apenas pequenos deslocamentos. No Brasil, são vistas em toda costa.

Aparências

Suas principais características, corpo afilado, esguio e hidrodinâmico. É a menor baleia existente dentro da ordem dos Misticetos. Sua coloração é preta ou cinza-escura no dorso, na região da barriga a coloração é branca. Em alguns indivíduos podem ocorrer manchas brancas em ambas as nadadeiras peitorais que são pequenas e pontudas. Alguns adultos apresentam marcas claras no corpo, acima das nadadeiras peitorais, em forma de parêntesis. A nadadeira dorsal é alta e falcada e localiza-se atrás do meio do dorso. Apresenta de 50 a 70 pregas ventrais, que não chegam a se estender atrás do umbigo. A cabeça é estreita e pontiaguda, com apenas uma quilha central. Possui de 105 a 415 pares de barbatanas que medem cerca de 30cm e são de coloração branco-amarelada, cinza-escura ou preta. O borrifo é indefinido ou pouco definido em forma de coluna e atinge cerca de 2m de altura.

Reprodução

Sua maturidade é atingida entre 7 e 8 anos. Sua gestação dura aproximadamente 10 meses. Com a amamentação durando de 4 a 6 meses. O filhote ao nascer pode pesar até 300Kg e medir 3m. O intervalo médio entre as crias é de 2 anos.

Dieta

Alimentam-se de krill, pequenos peixes que forma cardumes e lulas. Geralmente são encontradas sozinhas, em duplas ou em pequenos grupos. Grandes concentrações podem ocorrer nas áreas de alimentação. Ocasionalmente é vista na companhia de outras baleias e golfinhos. Nada rapidamente, quando salta fora da água, em geral, mergulha de cabeça sem provocar muito barulho. Raramente expõe a nadadeira caudal quando mergulha. Aproxima-se de embarcações. As vocalizações incluem pulsos de baixa freqüência, estalos e cliques ultra-sônicos.

Status de conservação

Apesar da moratória da caça de baleias ter sido decretada em 1986, proibindo a caça comercial de baleias no mundo. Atualmente a caça é realizada pelo Japão, Islândia e Noruega. Se não forem atrapalhadas pela caça podem viver pelo menos, 47 anos.

Hábitos

Costumam viver em pequenos grupos e, por vezes, são avistadas sozinhas.



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A "Borboleta do Medronheiro" (Charaxes jasius, (Linnaeus, 1767))

A Borboleta do Medronheiro (Charaxes jasius (Linnaeus,1767)) na Serra da Boa Viagem

Num passeio pela Serra da Boa Viagem no dia 10 de Agosto de 2011 observamos na margem Norte da Serra da Boa Viagem, uma parte da serra onde existe o medronheiro (Arbutus unedo L.), uma borboleta linda que identificamos como Chararaxes jasius (Linnaeus,1767): a "Borboleta do Medronheiro".



Esta borboleta da família das Nymphalidae tem a sua distribuição na região do Mediterrânico. Aparece ainda no Centro e Sul da Europa, no Noroeste da África, no Oeste da Ásia e nas Ilhas Canárias. As larvas alimentam-se exclusivamente das folhas do medronheiro (Arbutus unedo), arbusto (árvore) da família das Ericaceae. As larvas não suportam geadas o que limite a distribuição da borboleta à zonas mais baixas ou mesmo ao nível do mar. É por isso que a borboleta não aparece em altitudes e que não acompanha a distribuição vertical de Arbutus unedo L. para zonas com ocorrência de geadas. Esta borboleta lindíssima ainda não consta da "Lista Life, 1998" para a Serra da Boa Viagem e para as Dunas de Mira, Gândara e Gafanhas, mas P. Pires & M. F. V. Corley (2007) incluem a espécie na lista de lepidópteros "The Lepidoptera of Baixo Mondego (Beira Litoral, Portugal)" para a região do Baixo Mondego, Coimbra.





Frutos do Medronheiro (Arbutus unedo L.)



Folha do Medronheiro (Arbutus unedo L.)

Interessante é também a morfologia da lagarta desta borboleta: a lagarta possui uma cabeça característica em forma de escudo.

Aqui algumas fotografias tiradas da Wikipedia:


Larva (lagarta) de Charaxes jasius (Linnaeus,1767)  com "cabeça" típica em forma de escudo


Imago de Charaxes jasius (Linnaeus,1767)


Imago de Charaxes jasius (Linnaeus,1767)




quarta-feira, 20 de julho de 2011

Um Gastrópode marinho na Praia de Quiaios

Um Gastrópode marinho na Praia de Quiaios

Hoje de manha quando passei pela praia, encontrei este animal de ca. de 10cm de comprimento na zona do litoral do mar. Talvez seja um gastrópode marinho que foi levado acidentalmente a esta praia? Nunca vi nenhum animal destes.





segunda-feira, 11 de julho de 2011

Gansos-patolas (Morus bassanus) mortas na Praia de Quiaos


Gansos-patolas mortas na Praia de Quiaios


Estamas em Julho e os turistas começam a chegar às praias. Os municípios já os limparam e tiraram o lixo. A praia tem um aspecto limpo. Mas não posso deixar de mostrar estas imagens que tirei há uns meses atrás. Encontrei num dia só 9 cadaveres do ganso-patola (Morus bassanus), ave raríssima e belíssima que visita no inverno as praias portuguesas. Estes exemplares foram mortas provavelmente em redes de pescadores. O CRAMQ recolheu 2 exemplares destes animais mortos e concluiu que se afogaram em redes. O que podemos fazer para evitar isto? Não tenho resposta, mas quero lembrar que o aspecto aparentemente limpo das praias é enganadoro. Nós humanos somos os grandes predadores neste mundo e com o crescimento da população que não vai parar tão rapidamente, temos um grande problema!


O ganso-patola (Morus bassanus, anteriormente Sula bassana) é uma grande ave marinha da família Sulidae dos pelecaniformes. São palmípedes e possuem seus quatro dedos unidos por uma membrana interdigital.

As aves jovens são de coloração marrom escura em seu primeiro ano, e gradualmente começam a tornar-se mais claros nas estações subseqüentes, até atingirem a maturidade em cinco anos.

Os adultos medem 87-100 cm de comprimento e 165-180 cm de envergadura. Sua plumagem é branca com asas de pontas negras. O bico é azul claro. Os olhos são azuis claros, circundados por pele negra nua. Na época de reprodução, a cabeça e o pescoço ficam matizados de um tom delicado de amarelo.

A sua área de nidificação é o Atlântico Norte. Normalmente, eles nidificam em grandes colônias, em penhascos sobre o oceano ou em ilhotas rochosas. A maior colônia desta ave, com mais de 60.000 animais, foi descoberta na ilha Bonaventure, em Quebec, mas 68% da população mundial se reproduz ao redor das costas da Grã-Bretanha, com a maior colônia em Boreray, St. Kilda.

Os casais de gansos podem permanecer juntos por muitas estações. Eles realizam rituais de saudação elaborados nos ninhos, esticando bicos e pescoços para o céu e batendo gentilmente os bicos em conjunto.

Elas são aves migratórias e no outono viajam para o sul do Atlântico, época em que podem ser vistas em Portugal.

























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